Apesar dos 71% de posse de bola e das 9 finalizações do Flamengo na etapa inicial, os primeiros minutos da partida foram marcados por um Botafogo corajoso e buscando vencer a partida. Atuando num 4-1-4-1 em linha média/alta, a equipe alvinegra logo no primeiro minuto de jogo teve a chance de marcar em bola roubada no meio de campo e transição rápida para Pedro Raul finalizar e Diego Alves fazer boa defesa.
O Flamengo conseguiu vencer essa marcação pressão mais alta em alguns momentos e Bruno Henrique teve a maior chance de marcar após belo passe de Arrascaeta, entretanto a bola desviou em Marcelo Benevenuto e não chegou as redes. Atuando no 4-4-2, o Mais Querido foi com o passar do primeiro tempo tomando conta do meio de campo e vendo o Botafogo recuar cada vez mais suas linhas após os 20 minutos iniciais.
Com Filipe Luís mais afundado, para dar profundidade, a equipe rubro-negra construiu suas melhores oportunidades no primeiro tempo pelo lado esquerdo com Bruno Henrique se infiltrando entre Marcinho e Benevenuto para receber bolas de Arrascaeta. Já pela direita, Everton Ribeiro mais uma vez não esteve em uma partida inspirada e pouco construiu com Isla pelo setor. Os volantes flamenguistas fizeram primeiro tempo discreto, o coringa buscou o jogo principalmente pela esquerda enquanto Arão bastante seguro na saída de bola e sendo uma boa opção.
Do lado alvinegro, o principal destaque foi Rhuan atacando pelo lado esquerdo. Conseguiu criar dificuldades para Isla, principalmente na primeira metade do primeiro tempo. Honda e Caio Alexandre apesar de defensivamente cumprir o papel corretamente, ofensivamente não conseguiam gerar jogo para os pontas. O Botafogo é uma equipe muito limitada e que depende bastante do brilho individual para construir no ataque. A segunda etapa começou bem parecida com o final da primeira etapa: Flamengo com a bola e pouca inspiração enfrentando um Botafogo marcando em bloco baixo e buscando bolas rápidas com Rhuan e Pedro Raul. O jogo pouco se desenvolvia quando Marcinho perdeu bola boba na direita, Gerson fez o desarme e serviu Everton Ribeiro para marcar o gol do jogo.
Logo após o tento rubro-negro, o Glorioso mudou: José Welison e Rhuan deram lugar a Babi e Kalou. O Botafogo começou a atuar com duas referências na área e avançou suas linhas para buscar o empate num 4-3-1-2/4-4-2 com Kalou tendo liberdade ora para centralizar, ora abrir a esquerda. Entretanto, o abafa alvinegro pouco surtiu efeito além de reduzir um pouco a posse de bola rubro-negra, que terminou o jogo com 61% do tempo com a bola nos pés. Bruno Henrique continuou sendo a principal arma rubro-negra enquanto Pedro não conseguia segurar as bolas e auxiliar o momento ofensivo. Rogério Ceni também mudou o Flamengo colocando gás novo na frente. Rodrigo Muniz e Vitinho entraram no lugar da dupla de ataque do Mengão, porém pouco contribuíram além de auxiliar no momento defensivo e dando mais desafogo a Arrascaeta. O auxiliar Felipe Lucena já havia colocado Barrandeguy no lugar de Marcinho e voltou a mudar no setor ofensivo: Lucas Campos e Luís Otávio entraram no lugar de Caio Alexandre e Bruno Nazário. Com o Botafogo se consolidou com Kalou aberto a esquerda.
O final do jogo reservou emoção principalmente pelos cartões vermelhos: O lateral-esquerdo do Botafogo Victor Luís foi expulso, após entrada dura em Muniz, e Gustavo Henrique foi embora mais cedo após puxar Lucas Campos e evitar que o meia chegasse cara a cara com Diego Alves. No fim, Botafogo atacou sem lateral, Michael entrou no lugar de Everton Ribeiro para auxiliar no lado esquerdo e com Arão na zaga o Flamengo conseguiu segurar o resultado e conquistar a vitória.
O Flamengo passou longe de fazer um bom jogo tanto do lado ofensivo, quanto defensivo. Produziu pouco, “achou” um gol e deu oportunidades para o empate alvinegro. Com a semana cheia para enfrentar o Santos daqui há 8 dias, Rogério Ceni precisa mostrar evolução no seu trabalho num jogo que tem um nível de dificuldade bem maior. Apesar de tudo, os 3 pontos foram obtidos e precisam ser comemorados numa semana muito complicada dentro e fora de campo para o clube.
SRN
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