Botafogo e Flamengo se enfrentaram há pouco no estádio Nílton Santos no Rio de Janeiro. Clássico carioca deste final de semana no Brasileirão, os donos da casa começaram melhor, o time do Ninho se recuperou ainda no decorrer da primeira etapa e passou a dominar o certame. Com gol único, conquistou vitória importante pro decorrer do torneio.

Após a eliminação do Fla na Copa do Brasil e Libertadores, a atenção se voltou exclusivamente ao campeonato Brasileiro e o sucesso na partida de hoje se tornava fator de suma importância pra retomada do caminho em busca da liderança.

O time de Rogério Ceni veio no tradicional desenho 4x4x2, com Éverton Ribeiro pela direita, Arrascaeta caindo pela esquerda, Bruno Henrique e Pedro atuando mais centralizados. Até aí tudo bem. No entanto, o problemático miolo de zaga mais uma vez foi escalado com o questionado zagueiro Gustavo Henrique, protagonista de inúmeras falhas que já nos custaram pontos perdidos e até mesmo eliminações.

O duelo se iniciou com papéis invertidos. O Mais Querido, de elenco badalado e com o maior investimento do país, começou o jogo encolhido em seu campo, desatento, errando passes e com muita lentidão na movimentação. O Alvinegro, por sua vez, tentava uma pressão e encaixava bem a marcação na saída de bola do rival. Mas foi só no começo.

À medida que o confronto se desenrolava, as ações foram se equilibrando e não demorou pros visitantes terem mais a bola e a iniciativa da maioria das jogadas. O Glorioso passou a apostar então nos contra-ataques na tentativa de abrir o placar.

Mas o que faltava era aquela velha criatividade do setor ofensivo rubro-negro, as tabelas de ultrapassagem, o toque diferenciado. Ao invés disso, se limitava a alçar bolas na área pra ver o que acontecia. No primeiro tempo não aconteceu nada.

Após o intervalo, o Fla seguia com a mesma pegada, tanto que aos nove minutos, num erro de passe do adversário, a bola sobrou pro meia Gérson que rolou pra ER7 finalizar com classe e abrir a contagem.

Com o placar adverso, o Fogo fez substituições pra se tornar mais ofensivo e tentar a reação, mas não surtiu efeito. O que continuava a se ver era o campeão brasileiro no ataque, mesmo sem muita efetividade, mas controlando relativamente bem o embate.

Mas isso foi até os 43 minutos, quando uma bola enfiada nas costas dele, Gustavo Henrique, sempre mal posicionado e atrasado, o defensor não teve outra opção se não fazer a falta no limite da grande área e, por ser o último homem, receber o cartão vermelho. Na cobrança, o arqueiro Diego Alves fez a defesa, acalmou o coração da magnética e garantiu os três pontos na tabela.

Hoje, mais importante que uma atuação convincente era vencer, subir na tabela, aliviar a pressão, demarcar território na ponta do campeonato e tentar esquecer, pelo menos por enquanto, o monte de coisa errada que anda acontecendo lá pelos ‘reinos’ da Gávea. Quem ama o Flamengo de verdade é o torcedor e nós estamos de olho.

SRN.

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