Foto: Reprodução
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Flamengo e Independiente del Valle se enfrentaram ainda há pouco no Rio de Janeiro. Jogo muito bom de se ver, de nível técnico apurado e com bastante intensidade tática dos dois lados.

O Flamengo trazia em sua bagagem a derrota histórica sofrida no último confronto na altitude de Quito e a necessidade de uma resposta à altura pairava no ar.

O time da Gávea começou o 1º tempo muito bem, ligado no jogo, mostrando bastante disposição nos desarmes e marcando alto as saídas de bola.

E era exatamente nessas saídas de bola que o time do Equador tentava fazer valer a sua já conhecida estratégia. Taticamente, o time se postava com três jogadores em sua grande área, dois abertos e um centralizado, além do goleiro, de forma a atrair a 1ª linha de marcação do rubro-negro.

Assim, a ideia era abrir espaços por trás dessa linha e possibilitar uma superioridade numérica no meio-campo para iniciar as jogadas de ataque. Só que desta vez o Fla não caiu na armadilha dos jogadores de camisa rosa, pois, embora marcasse alto, não dava o bote naquele trecho do campo, apenas aguardava o avanço do adversário para pressionar a jogada um pouco mais à retaguarda, na linha média de marcação.

Ao Del Valle restava se utilizar dos chutes a gol de fora da área, no entanto, sem o ar rarefeito da altitude e com o goleiro Hugo Souza no gol, desta vez não obteve sucesso.

Após longos meses, o centroavante Lincoln finalmente resolveu dar o ar da sua graça. Com boa movimentação e com passes precisos, acabou premiado. Aos 25 minutos, após cruzamento na medida do lateral Mateuzinho, acertou belo chute de chapa e abriu o placar.

Aos 29, num contra-ataque rápido, Gabigol atraiu a marcação de dois defensores equatorianos, serviu Pedro na entrada da grande área que só teve o trabalho de escorar pra dentro. 2×0.

Aos 42, uma baixa importante. Após um pisão de mau jeito no novo, mas ainda irregular, gramado do Maracanã, o camisa 9 Gabriel se lesionou e deu lugar ao atacante Bruno Henrique.

A 2ª etapa começou com o Flamengo postado de forma diferente, com as linhas um pouco mais recuadas e esperando o rival no seu campo. Mas isso não significa que tenha perdido intensidade, muito pelo contrário, continuou protagonizando a maioria das jogadas de ataque da partida.

Aos 51, foi a vez de Bruno Henrique fazer o seu. Em bola que sobrou na grande área, chutou forte e marcou o terceiro gol.

Aos 72, vimos o ‘fora de série’ De Arrascaeta, mais uma vez o melhor em campo, fazer jogada de gênio e colocar o nosso BH de cara com o goleiro. Daí foi um drible e mais um lá dentro. Não perca as contas: 4×0.

Com apresentação segura e de personalidade, o Flamengo não tomou conhecimento do Del Valle, embora com menos posse de bola, dominou a maioria das ações em campo, foi muito feliz nas finalizações e anulou o esquema tático armado pelo treinador Miguel Angel. Impossível foi não sentir aquele gostinho doce da revanche. Nada como um dia após o outro e uma noite de gala no meio.

Destaque maior foi para a garotada. Assim como no jogo de domingo pelo Brasileirão, foi excepcional o rendimento dos jogadores da nossa base. Sem nenhuma exceção, todos tiveram excelente participação, a começar pelo goleiro. E que goleiro.

De antemão, digo pra vocês que já tô até ouvindo a magnética exigindo que olhem com muito cuidado para os ‘crias’ na hora de escalar novamente os 11 titulares. Os meninos do Ninho estão piscando farol e pedindo passagem.

SRN.

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