Conversa aconteceria ainda hoje, no Ninho do Urubu. Foto: Diego Alarcon
Conversa aconteceria ainda hoje, no Ninho do Urubu. Foto: Diego Alarcon

Um vigilante que estava no dia do incêncio no Ninho do Urubu em 2019, que vitimou dez jovens entre 14 e 16 anos,  entrou na Justiça do Rio de Janeiro contra o Clube de Regatas Flamengo, cobrando uma indenização de quase R$ 3 milhões por danos morais, além de salário vitalício, por sequelas deixadas após o incêndio. A reportagem é do jornalista Thiago Braga e foi publicada no UOL Esportes.

No processo, ao qual o jornal teve acesso, o segurança, cujo nome foi preservado, deu detalhes do dia da tragédia. O vigilante relatou que ajudou a salvar vários adolescentes, alguns gravemente feridos. Afirmou também que segurou nos braços algumas das crianças que faleceram, escutando pedidos deles como:“Não me deixe morrer, tio”;  “Me ajuda, tio. O que está acontecendo?”; Meu amigo está dormindo, ajuda ele”, entre outros.

Desde então, o vigilante diz que sofre com um violento abalo emocional, que até hoje lhe traz repercussões e obriga ao uso diário de remédios, com o atual estado de saúde mental, tendo desenvolvido doença psiquiátrica.

Desta forma, caso seja configurada a culpa do Clube, o mesmo deve ser indenizado pelos danos causados. O vigilatante também se colocou à disposição para que seja realizada perícia médica com psiquiatra indicado pelo tribunal.

SRN

Sílvia Lima