Gávea, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde ocorreu o crime. Foto: Reprodução
Gávea, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde ocorreu o crime. Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (24), um idoso, identificado como Sérgio Paes Fernandes, de 69 anos, foi preso pela 14ª DP do Leblon, após ser acusado de tentativa de estupro de vulnerável. A saber, o crime ocorreu na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, com um garoto de 10 anos, que frequentava o Clube.

Segundo o menor, Sérgio teria abordado a criança quando ela estava tomando banho após a aula de natação, segurando o pênis e perguntando “se queria pegar”. Após isso, o garoto tentou fugir, e o homem foi atrás, com intenção de entrar com ele na cabine.

De acordo com o garoto, ele apenas conseguiu fugir da situação, graças a um sócio do Clube que entrou no vestiário no momento da tentativa. Dito isso, quem apontou Sérgio Paes Fernandes como o suposto abusador, foi a babá da criança.

Em testemunho na delegacia, a funcionária disse que identificou o homem, porque logo depois do ocorrido, a criança apontou para o vestiário, de onde saía Sérgio, e começou a chorar. Seguranças do Clube conseguiram segurar o suspeito, que foi encaminhado para a DP.

A juíza Luciana de Oliveira Leal Halbritter, escreveu que o suspeito não foi encontrado nos bancos de dados do Flamengo:

“Os requisitos da prisão se mostram presentes. (…) O [perigo da demora] conduz a decretação da prisão, tendo em vista que o menor e seu agressor frequentam o clube, e já foi o mesmo alertado de que vem sendo procurado para ser intimado a depor, estando, ademais, em local incerto e não sabido, não localizado em qualquer dos seus endereços conhecidos”

Nota do Flamengo

O Clube de Regatas do Flamengo disse, através de nota, que todo apoio está sendo oferecido ao garoto e a família. Além disso, também fez contato com o Ministério Público.

Veja declaração do Clube:

“Tomamos conhecimento da ocorrência de um fato envolvendo um menor e um idoso, com acusação de importunação sexual do menor. Soubemos do episódio quando o menor já estava seguro com a sua babá. O Clube prestou apoio à família do menor, fez contato telefônico com o Ministério Público, onde obteve instruções do que deveria ser feito. Passou todas as instruções dadas pelo MP e documentos pertinentes para o pai do menor.

Da mesma forma, está dando apoio à polícia em tudo o que ela precisa. O Clube está acompanhando o desenrolar do processo e, administrativamente, com base no seu estatuto, suspendeu o acesso do acusado em suas dependências até que seja julgada a questão. O Clube tem ciência de que o acusado foi preso preventivamente. Não temos maiores comentários a fazer, já que o caso está submetido às autoridades”.