Foto: Flamengo
Foto: Flamengo

O Flamengo encarou ainda há pouco no ainda pífio gramado do Maracanã o Red Bull Bragantino, equipe do interior paulista, penúltima colocada do Brasileirão.

O clube de Bragança é time no máximo razoável. Sem nenhum nome de peso em seu elenco, tenta jogar de forma segura, com os blocos de marcação em linha alta pra dificultar a organização de seu oponente e se agarrando aos contra-ataques como desafogo ofensivo. Muitos se utilizam desses artifícios atualmente.

O treinador rubro-negro Domènec Torrent, em razão da odisseia de jogos que estamos encarando, realizou o já conhecido rodízio no elenco e não utilizou a força máxima a sua disposição. Mais uma vez errou na mão.

Colocou a zaga toda reserva, com Thuler e o sofrível Léo Pereira. Na lateral esquerda, optou por Renê. No meio, nada de Gérson, e no ataque nada de Bruno Henrique. Os dois permaneciam no banco de reservas. Em vez disso, ele preferiu ir a campo com Diego Ribas e o contestadíssimo Lincoln.

A rapaziada do Ninho não teve um bom começo de jogo, sofria muito com a marcação implacável do Bragantino e não conseguiu fazer nada de bom no 1º tempo. Há quem diga que, aos 45 minutos, num chute a gol, a bola teria batido, dentro da área, no braço do lateral esquerdo Weverson e que um pênalti deveria ser marcado a favor do Mais Querido. Eu particularmente não tive total convicção, mas, pelo menos, o árbitro deveria ter consultado o VAR, o que não fez.

O 2º tempo começou mal antes mesmo da bola rolar. O Sr. Torrent, sem nenhum motivo aparente, sacou o goleador Pedro, o cara que vinha resolvendo os jogos pro Fla, e colocou o inoperante Vitinho. Será que era o melhor momento pra tirar o artilheiro de campo? Com o jogo apertado e empatado? Talvez a substituição tenha selado o destino da partida.

Apenas com alguns segundos de bola rolando na 2ª etapa, o meia Claudinho abriu o placar para os visitantes com belíssimo gol de perna esquerda.

Depois disso, o Red Bull se encolheu, fazendo inclusive substituições para garantir o resultado. O Flamengo passou a pressionar e tentar de todas as formas ser superior em campo. Até conseguia, mas não tinha sucesso na finalização de uma jogada sequer.

Nada funcionava para o time do Ninho. Com péssimas atuações e sucessivas falhas individuais de Léo Pereira, Renê, Diego, Lincoln e Vitinho, o mal escalado Flamengo não tinha qualidade técnica para chegar ao gol de empate.

Aos 66 minutos, vimos a saída do volante Willian Arão para a entrada de BH. Era a tentativa desesperada de empurrar o time pra frente.

Aos 69, após cruzamento da direita de Isla, Lincoln tem um sopro de lucidez e cabeceia pro gol de empate.

O Fla tentava e nada. Aos 88, Gérson entrou no lugar de Éverton Ribeiro, que preocupantemente saiu sentindo dores no joelho.

Daí até o apito final, o Flamengo lutou, é verdade, correu, é verdade, mas foi em vão. Era muita transpiração e pouquíssima inspiração.

Hoje, o rubro-negro não teve capacidade pra conseguir os três pontos. E se em outras vezes o talento individual resolveu, superando o cansaço, os desfalques e as mancadas e despautérios do treinador, desta vez o filme foi outro.

No fim, vimos a vitória escorrer pelos dedos.

SRN.

Instagram: @wagnerluizserpa

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