Firme no que diz, polêmico, e muitas vezes campeão. Esse é Marcos Braz, atual Vice-presidente de Futebol do Clube de Regatas do Flamengo.
Sua trajetória de vida é totalmente ligada ao esporte e ao Flamengo. Foi administrador no antigo Fla-Barra (ex-centro de treinamento do Flamengo). Sócio do e Conselheiro Benemérito do Clube desde 1997, exerceu alguns cargos executivos. Diretor de planejamento, Vice-presidente de Remo, dretor de esportes olímpicos, diretor de futebol e Vice-presidente de futebol.
Como diretor de futebol, cargo que ocupou entre 2005 e 2008, conquistou dois campeonatos estaduais (2007 e 2008), ambos sobre o Botafogo, e uma Copa do Brasil (2006) em cima do Vasco.
Voltou em 2009 como Vice-presidente de Futebol e conquistou o Campeonato Brasileiro, título que, na época, o Flamengo não conquistava há 17 anos. Em 2010 foi demitido juntamente com Andrade, após problemas internos que envolviam Petkovic e Adriano.
Em 2019, 10 anos após a última passagem e o último título enquanto VP de futebol, Marcos Braz voltou ao cargo com o objetivo de fazer a prioridade se tornar realidade. Campeão carioca, campeão brasileiro e da Libertadores, isso tudo só em 2019. Será que conseguiu?
Esse ano, Flamengo segue com “Gelo no sangue” (frase que ficou famosa após Marcos Braz postar em sua conta pessoal, no Twitter), já tendo conquistado a Recopa Sul-americana, a Supercopa do Brasil e, recentemente, o Campeonato Carioca, em cima do Fluminense.
Marcos Braz é polêmico ao extremo e não é de hoje. Em 2010, o dirigente foi capaz de dar privilégios a Adriano e Vagner Love e brigou com Pet, após uma indisciplina do sérvio no intervalo do Fla-Flu.
– Aprendi observando os erros e acertos dos dirigentes. Ninguém foi ótimo ou péssimo. Na verdade, dirigente de futebol, a grande maioria, é tudo frouxo. É bom para dar entrevista, para falar alto em sala de reunião, mas se tiver de falar na frente de jogador, amarela. Não sou assim. – Falou o dirigente na época.
Um time forte, unido e vencedor. Isso foi o que Marcos Braz conseguiu desde o início de 2019. Foi certeiro nas contratações, sigiloso nas negociações e assim conseguindo, o que era prioridade, títulos. Recentemente, criticou o VP de futebol da gestão passada, Rodrigo Caetano, atualmente no Internacional.
– O Flamengo tinha dinheiro há algum tempo para fazer contratações, e fez mal. Tinha o Rodrigo Caetano que era um querido, pessoa que eu adoro, mas nunca ganhou nada em lugar nenhum. Contratava mal, o Flamengo gastava mal e não tinha resultado em campo. As contratações na era Landim todos vieram para jogar, a maioria titular e todos com passagens por suas seleções. Me orgulho de fazer parte dessa gestão vitoriosa – declarou.
Faz parte e é protagonista dessa gestão vitoriosa. É o que está sempre a frente das coletivas, não se esconde, rebate críticas, critica. E sempre ativo no mercado, principalmente agora com a saída de Jorge Jesus, à procura de um novo treinador para o rubro negro carioca. Nomes como o de Leonardo Jardim, Domènec Torrent, auxiliar de Pep Guardiola, já foram especulados.
Marcos Braz tem sangue rubro negro, é torcedor, age na raça, mas nunca na emoção, sabe se portar, sabe trabalhar e é um dos dirigentes mais vitoriosos que esse clube já teve. Como ele mesmo diz: “Vamos em frente” e “Gelo no Sangue”.