Em vídeo recente em seu canal do Youtube, o jornalista Bernardo Ramos abordou o tema de recentes especulações em relação ao comando técnico do futebol do Flamengo. Rogerio Ceni balança após maus resultados nas copas e vê um distanciamento contra os líderes crescer, ao ponto de estar a um ponto de sair do G4 que dá vaga direta a Libertadores. O nome de Rui Vitória foi muito especulado, em especial depois do treinador lusitano começar a seguir o clube nas redes, e isso causou repercussão nos canais que falam frequentemente sobre o rubro-negro.

Em uma dessas, em um vídeo conjunto entre Ramos e os jornalistas Joza Novalis e Marcelo Guilhoto, se falou a respeito do costume do técnico ser retranqueiro. Recentemente no Al Nassr, um gigante saudita que estava em 11º no campeonato nacional com seis derrotas, e uma das críticas era exatamente por conta de ser extremamente muito defensivo, além evidentemente de estar muito mal em um campeonato onde é favorito graças ao alto investimento.

Joza é especializado em futebol argentino e nas escolas europeias ibéricas. Novalis é acostumado a procurar sobre como funciona o pensamento dos treinadores argentinos e porque muitos times europeus procuram seus tecnicos, percebeu que isso ocorria também  em Portugal. Se no caso dos argentinos, há muita busca por protagonismo em campo com muita posse de bola a La Marcelo Bielsa, entre os portugueses se via pragmatismo, com uma ou outra exceção, vide as diferenças entre Jesus e Marco Silva por exemplo, que dirigiu o Everton ou mesmo José Mourinho que dispensa apresentações. Segundo ele, Vitória ganhou o campeonato português, mas jogava muito fechado, até contra times pequenos como o Belenenses. Diz também que joga num 4-3-2-1, com meias mais velozes do que pensadores, fato que, segundo o especialista, faria com que Everton Ribeiro e Arrascaeta fossem barrados ou poupados, dificilmente jogariam juntos.

Já Guilhoto destaca que apesar de seu início de carreira bom com o Vitória de Guimarães, ele jamais encantou. Substituiu Jorge Jesus no Benfica quando o treinador foi para o Sporting, inclusive ganhando de JJ em uma final contra o Sporting, com Bryan Ruiz perdendo um gol pelo alvi verde  embaixo da trave, como foi com Vitinho e Lincoln. Seu futebol não era vistoso, as vitorias quando vinham não eram convincentes, e fora o dom da palavra e as boas entrevistas, ele não acertava muito, e certamente seria um treinador menos marcante até que Abel Ferreira que hoje dirige o Palmeiras.

– texto de autoria de Filipe Pereira