IMAGEM: Globoplay/ Divulgação

Série da Globoplay que teve seu primeiro episódio exibido dia 28 de Fevereiro de 2021, o primeiro domingo pós título brasileiro pelo Flamengo, O Predestinado documenta a trajetória do atacante Gabriel Barbosa, ou como é popularmente chamado: Gabigol.

O primeiro capítulo, A Jornada é curto, tem 35 minutos e mostra a infância do jogador, primeiro em uma gravação caseira datada de 2006 onde ele já demonstra faro artilheiro, depois aborda seus dramas familiares. Esses trechos soam um pouco piegas, especialmente graças a música instrumental manipuladora, especialmente porque fora o parto difícil, ele não tem grandes problemas familiares, seus pais estão juntos até hoje, ao contrária de boa parte das famílias de jogadores, divorciadas ou mutiladas pela orfandade.

Além da família também há uma boa conversa com Filipe Luís, o lateral esquerdo do Flamengo que por sinal, fala muito bem e o comparada ao tenista André Agassi, afirmando que Gabriel não parece sofrer pressão. Ele gosta de jogar de maneira solta, mesmo em decisões. Gabi parece estar a vontade sempre, conversa sem postura nenhuma ás vezes até deitado, é como se ele realmente não tivesse peso nenhum seja em pensamento ou dentro de campo, essa ausência de noção do que é a pressão se vê não só em seu estilo de jogo, mas também ao falar.

O piloto do programa contém boas surpresas, com fotos do atacante com a camisa do São Paulo e com troféus. O documentário poderia ousar mais, em matéria de fotografia, o diretor Marcelo Bastos registra imagens de modo comum demais. Em compensação, as entrevistas são ótimas. Dão depoimentos Cahê Mota, hoje setorista do GE Flamengo, o jogador de Santos, Alisson, além disso, se aborda bem a presença do ídolo santista Zito na ida de Gabi do São Paulo para o Santos.

O capítulo termina antes de chegada dele ao Flamengo, é findado no momento que ele ganha o outro olímpico com a seleção brasileira. Espera-se que os próximos episódios sejam menos esquemáticos. Falta verve e emoção a esse Predestinado, é preso demais a formula, o que é até comum, uma vez que esse é o piloto de uma série em documentário, possivelmente com o tempo ela encontrará seu próprio ritmo.