Arrascaeta com o prêmio de melhor jogador da partida - Créditos: Staff Images/CONMEBOL

O Flamengo venceu o Velez Sarsfield na estreia da Libertadores jogando na Argentina, e além dos três pontos, conseguiu quebrar dois grandes tabus: 20 anos sem vencer na Argentina, e quase 40 sem vencer também em solo hermano na competição internacional.

Para falar um pouco sobre a vitória, Bruno Henrique e Rogério Ceni foram escalados. O camisa 27 destacou que jogar nas terras de Maradona é complicado, mas que o Flamengo com a qualidade da equipe que tem, poderia sair vitorioso:

“Jogar na argentina é muito difícil e já sabíamos que seria pegado. A gente com a nossa qualidade jogamos um bom futebol. Estamos numa crescente. Onde o flamengo jogar tem que ser nesse espirito”.

O atacante falou sobre o jogo bastante faltoso dos argentinos e que a arbitragem precisa ficar de olho na deslealdade dos jogadores:

” Em momentos do jogo eles entravam muito duro e o árbitro deixava correr. Entrar duro é uma coisa e ser desleal é outra. Depois que levaram o terceiro gol ficaram mais irritados. Assim é a libertadores. Na fase de grupos não temos a ajuda do VAR, que precisa ficar atento as deslealdades”.

BH ainda elogiou o Professor Rogério e sua importância na vitória por 3 a 2:

“O comando e a liderança do Rogério, que passou todas as cordenadas para encarar o Velez aqui na Argentina e mesmo saindo atrás do placar duas vezes, tivemos tranquilidade para conduzir o jogo. E eu acredito que conduzimos bem o jogo desde o inicio”.

Logo após Bruno Henrique, o técnico Rogério Ceni chegou para falar e foi enfático em relação a situação contratual de Arrascaeta:

“Nenhuma chance. Conheço o caráter do jogador, nota 10 de trabalhar, talentosíssimo, ídolo do Flamengo. Em nenhum momento demonstrou que poderia sair. Teve uma lesão no tornozelo, se recuperou e mostrou o seu talento hoje dentro de campo. É feliz aqui, é considerado pelo torcedor e como também é jovem pode ficar muito tempo jogado aqui”.

Sobre a partida, o treinador destacou o jejum de vitórias na Argentina, finalmente terminado hoje e explicou onde a equipe pode ter falhado durante a partida:

“Normalmente a defesa erra pelo sistema defensivo, com exceção pelas bolas paradas que foi onde falhamos. Foram as únicas duas vezes que o Velez chegaram no gol. Vejo muito mais méritos a se destacar, tendo em vista que a ultima vez em Libertadores que o Flamengo ganhou em solo argentino foi a 40 anos atrás”.

Rogério explicou também a saída de Gustavo Henrique no segundo tempo e respondeu se foi surpreendido com o posicionamento de Jenson, que marcou os dois gols do El Fortín”:

“Gustavo Henrique saiu principalemte por causa do cartão e pela entrada do Orellana. É um canhoto que gosta muito de levar pra dentro e o Bruno Viana sem cartão e mais inteiro podia fazer melhor essa cobertura. Para mim Pellegrino viria com o Orellana  começando e o Jenson aberto pela esquerda, mas não foi assim, e isso sim foi uma uma surpresa. Acabou anulando o Isla pela direita. O Jenson sabe jogar centralizado e dificultou para a gente. Mas  nos fizemos um grande jogo e conseguimos jogar bem. Tivemos paciência para lidar com as situações e poder virar a partida”.

Antes de ir embora, Ceni ainda foi perguntado sobre a partida de Diego Ribas e novamente voltou a tecer elogios ao capitão do Flamengo:

“Um exemplo de atleta, exemplo de pessoa, voz ativa dentro do grupo. Se encontrou nessa posição de volante, e para mim, um jogador de 36 seria improvável jogar nesse nível assim. Arrascaeta foi importante, assim como Gabigol, Arão, mas o Diego foi equilibrado durante os 90 minutos e é exemplo para todos aqui dentro”, finalizou.