gol flamengo gabigol
Foto: Reprodução

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Por Wagner Luiz Serpa

Hoje acordei pensando em Flamengo. Não era pra menos. Dia de jogo importantíssimo, divisor de águas, partida para determinar os rumos do Flamengo nesse campeonato. E a cidade de Santos já amanheceu carioca, céu azul, Sol na moleira, temperatura lá em cima e muita, muita esperança por uma retomada do Mengão. Ledo engano.

Muito se falou durante esta semana que pela primeira vez o nosso treinador teria um tempo maior para trabalhar, implementar conceitos, massificar estilo de jogo, enfim, fazer o time crescer de produção. Sinceramente, não vi nada disso. A impressão é que o todo tem comprometido o individual, pois jogador de qualidade não falta.

O Flamengo já começou errado antes mesmo de entrar em campo. Mal escalado, foi sufocado durante todo o primeiro tempo. Perdido, acuado, sem apetite pela bola, sem agressividade, sem sangue nos olhos. Se não fosse o VAR, o jogo já estaria resolvido com poucos minutos. Graças a tecnologia, tivemos dois gols santistas bem anulados. Coisa de milímetro.

Com sucessivos erros de passe e sem se encontrar em campo, ao Flamengo só restava se defender. E a tônica do jogo era exatamente essa: os donos da casa tomando a iniciativa e o Fla lamentavelmente entregando a bola e mendigando por algum contra-ataque. Quis o destino que, exatamente num contragolpe, Gabigol conseguisse abrir o placar. Talento individual aliado a pura sorte rubro-negra.

No segundo tempo, é verdade que o time melhorou, conseguiu equilibrar as ações, passou a ter um pouco mais de iniciativa. Só um pouco. Time apático, bem diferente daquele Flamengo que nos acostumamos a ver ano passado. E foi apenas em alguns poucos contra-ataques que, novamente, tivemos as melhores chances de gol nessa segunda etapa. No entanto, nossos jogadores insistem em perder chances claríssimas de liquidar a partida. Vamos combinar também que não há treinador que resista a essa má pontaria e que já dura vários jogos. A partir da metade da segunda etapa, o Santos cansou, perdeu qualidade e não mais ofereceu perigo. Por tudo que vi, 1×0 foi goleada.

A boa notícia fica por conta da boa estreia de Maurício Isla. Lateral-direito de qualidade e personalidade. Jogador de Flamengo, podem escrever.

A frase que nós rubro-negros mais temos ouvido é que “o Flamengo não é mais o mesmo do ano passado”. Mas é evidente que não é, qual a dúvida? Afinal, perdemos o grande maestro da nossa equipe e vocês sabem de quem estou falando. O Flamengo de 2019 temos que esquecer, agora o que nos restou foi o Flamengo de Domènec. Alguns apoiam e dizem que ele precisa de tempo, outros já bradam pela saída do catalão. Sinceramente, não acredito em mudanças por enquanto. Mas a grande verdade é que esse “novo” Flamengo não engrena e não agrada.

A vitória foi importante pelos três pontos na tabela, mas o sinal de alerta continua ligado dentro de nossas cabeças. E um fato que nós rubro-negros já aprendemos é que Domènec é Domènec e Guardiola é Guardiola.

SRN.