A Copa do Brasil começou pro Flamengo. E foi com o Athlético Paranaense que medimos forças esta noite na Arena da Baixada.

Estádio bonito, moderno, mas com gramado de mentira, daqueles sintéticos. ‘Pra que isso?’ Diriam os antigos. ‘Grama sintética? Isso não é futebol de verdade’. Mas pra quem sabe jogar bola, isso é um mero detalhe técnico.

A valiosa e rentável copa brasileira, como sabemos, é competição de mata-mata. Tem que ter olho vivo, não admite erros. Se vacilar, complica. Às vezes, sem possibilidade de recuperação.

E muitos são os episódios de clubes azarões que triunfaram frente a grandes potências futebolísticas. Lembrai-vos de 2004, lembrai-vos do Santo André. Mas a verdade é que muita coisa mudou de lá pra cá no Flamengo, dentro e fora das quatro linhas. Ainda bem.

E vocês terão que concordar comigo: não dá pra comparar os elencos ou a capacidade de competição dos clubes rubro-negros que se confrontaram hoje. Isso é um fato. E contra fatos e dados não há argumentos. Desde o início do jogo, pudemos observar o abismo técnico existente. Claro como a água.

Aos 19 minutos, tudo normal em Curitiba: Pedro 21 disputou bola dentro da área e a pelota sobrou pra Bruno Henrique. O camisa 27 fez o que sabe fazer de melhor: empurrou pras redes e abriu o placar. São exatos 50 gols com a camisa do Flamengo.

E as chances prosseguiam. O rubro-negro entendia bem o jogo, trocava bola com paciência e via que os lados do campo eram um bom caminho. Assim, as subidas do lateral Isla e Filipe Luís eram sempre boas alternativas. Até então, jogo dominado e controlado.

Para o Athlético restava o contra-ataque. O atacante ex-gordinho Walter até levou algum perigo à meta do Mais Querido. Como por exemplo aos 42 minutos, em cobrança de falta. Mas Hugo Neneca fez boa defesa. Nenhum outro risco na 1ª etapa.

No 2º tempo, o Furacão veio pra cima. Jogando em casa, não tinha outra coisa a fazer. Às vezes Nicão, às vezes Léo Citadini, às vezes Walter, os homens de frente do time do Parana se revezavam nas tentativas. Mas ficavam só no susto. Quem se destacava lá atrás era o nosso goleiríssimo Hugo Neneca fechando o gol.

Aos 31 minutos, uma entrada dura dentro da área do lateral Renê e um pênalti bem assinalado contra o nosso patrimônio. Mas ainda tinha Neneca.

Em cobrança forte de Walter, o jovem arqueiro pulou como um gato pra defender a cobrança. Gigante, ágil, monstro. Orgulho da base do Ninho, Hugo Souza é o Manuel Neuer brasileiro.

Na raça e na vontade, o time de Curitiba vinha pra cima tentando a sorte. Mas era preciso algo mais pra romper os domínios do Gávea. Não tiveram.

Apito final e placar mínimo garantido. Qualquer vitória fora de casa em jogo de ida de Copa do Brasil é um resultado pra se comemorar.

Bora trazer a decisão da vaga pro Maraca. As quartas de final é logo ali.

SRN.

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