Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Do talento de Rafinha ninguém tem dúvidas. Multicampeão com o Bayern de Munique, o lateral chegou ao Flamengo na metade do ano passado e logo já foi abraçado pela torcida. Titular absoluto, Rafinha retribuiu da melhor maneira o carinho. Teve grande participação nos títulos tão sonhados, e conquistados ano passado, pelo Rubro-Negro: Campeonato Brasileiro e Copa Conmebol Libertadores. Este ano, com presença confirmada de Rafinha no time, o Flamengo já conquistou a Supercopa do Brasil, a Recopa Sul-Americana e a Taça Guanabara.

Em entrevista a Benjamin Back, apresentador dos canais FOX Sports, no programa Aqui com Benja, Rafinha detalhou como foi o processo de saída da Alemanha e o tamanho do assédio que sofreu das demais equipes do futebol europeu para permanecer no continente. Rafinha ainda detalhou como foi o interesse do Paris Saint-Germain, que gostaria de ter O lateral para a vaga de Dani Alves.

“O Maxwell, do PSG, me ligou depois de alguns dias e me disse que o Daniel Alves tinha a chance de não renovar. Nós estávamos conversando e o Thonmas Tüchel disse que queria contar comigo. E eu tinha acabado de dar a palavra para o Flamengo. Agradeci ao Paris Saint-Germain, a todos do clube, mas eu tinha essa mentalidade. Assim que eu desse a palavra ao Flamengo, ia chover proposta de clubes de fora. Flamengo era uma aposta. Eu queria jogar aqui, sentir o calor da torcida, todo mundo falava. Conversei com a minha família, disse que ia parar com isso. Os caras me oferecendo o carvão (dinheiro) e eu estava ficando maluco com isso. O Marcos Braz é quem estava à frente de tudo. Disse que iria para o Flamengo, mas que foi uma situação muito difícil. Deixei muita coisa para trás. As propostas eram mil vezes melhor, mas o que eu vivi em um ano no Flamengo não tem dinheiro que pague. Hoje, olhando que deu tudo certo, não tem como trocar isso por dinheiro nenhum”, disse o craque do Flamengo.

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Na época, o lateral-direito recebeu oferta da Inter de Milão e de demais clubes do Velho Continente. Nas palavras do próprio jogador, a batalha entre as grandes cifras e o desejo de retornar ao Brasil ocuparam a cabeça do craque por alguns dias. Porém, no final das contas, Rafinha garantiu aos dirigentes do Flamengo que acertaria com o clube carioca.

“Eu estava em um momento de decisão. Tive várias ofertas de times grandes, vários times da Europa me procurando. Se tivesse pensado no lado financeiro não teria vindo ao Flamengo. Precisei manter minha palavra. Fiquei oito anos no Bayern de Munique, ganhei 21 títulos lá. Era normal que aparecessem muitas ofertas. Eu comecei a falar com o Flamengo, dei minha palavra e começaram a pipocar ofertas. Clubes que queriam me pagar 3, 4 vezes mais do que o Flamengo me paga. Os dirigentes do Flamengo estavam lá e eles viram as ofertas. Eu mostrei para eles. Propostas da Itália, da Espanha, da Rússia, poderia renovar com o Bayern. Para eles verem. Se tivesse pensado no dinheiro, tinha ficado lá mesmo. Sou homem, falei que eu ia e eu vou”.