Diego Alves-Flamengo-Libertadores
Foto: Divulgação

Neste sábado (27), o Flamengo enfrenta o Palmeiras, ás 17h, no Estádio Centenário, em Montevidéu, pela final da Libertadores. Assim, em entrevista ao Cahê Mota, do ge, Diego Alves falou sobre diversos assuntos, como calendário brasileiro, nervosismo para a decisão, favoritismo do Mais Querido, pressão da torcida e futuro da carreira.

Nesse sentido, o goleiro rubro-negro comentou sobre a temporada com bastante jogos, que afeta muito os jogadores e clube.

“Não estou falando somente como Flamengo, estou falando como jogador de futebol profissional. O futebol brasileiro é muito bom. Temos que dar valor e cuidar do futebol brasileiro, mas cuidar com todos que querem cuidar. Não adianta criticar e só criticar sentado. Temos que trabalhar para ajudar e ver o que pode ser feito para melhorar. É um tema importante e não é desabafo, é o que eu sinto. Desde que voltei, eu já via jogadores desgastados e não tinha noção. Hoje, sinto na pele.”

Seguindo, falou da final da Libertadores, diante do Palmeiras, e disse do nervosismo e emoção de disputar mais uma decisão.

“A ansiedade existe. É normal aquele friozinho na barriga a medida que vai chegando perto do jogo, preleção.. Acho que se perder isso o jogador de futebol perde a emoção que o move. Mesmo sabendo que há um grande objetivo no dia 27, é normal comentar, conversar, e quando chegar perto vem a ansiedade boa, não aquela que te deixa influenciar. É mais uma oportunidade de levantar um troféu tão histórico e conquistar o tricampeonato. Certamente mexe com a emoção, a torcida, tudo que move. Vocês da imprensa jogando favoritismo, pressão… Já sabemos tudo que envolve, mas temos a consciência do que temos pela frente e vamos tentar no dia 27 estar 100% focados para levantar mais esse troféu.”

Ainda, Diego Alves disse do favoritismo do Mais Querido contra o Alviverde, algo que em 2019 era ao contrário.

“Em 2019, 90%, 80% da imprensa dava o River como favorito, mais experiente, mais cascudo, que o Flamengo não chegava, essa base não estava acostumada, e conseguimos ganhar uma Libertadores em praticamente dois minutos. Demonstra que vale o momento, a concentração. Tudo que influencia o jogo, parte de imprensa, pressão, não entra em campo. Tudo isso vai por água abaixo quando levanta o troféu. Aí, tudo que aconteceu antes não vale. É tudo para gerar debate e repercussão. São 42 milhões de torcedores, imagina o quanto que eles não querem escutar sobre a partida. Então, tudo isso é normal.”

Complementando, afirmou que quem está no Flamengo sabe da pressão que é e disse do patamar que o atual elenco colocou o clube.

“Jogamos no Flamengo, né!? É a primeira coisa. Quando se joga aqui, a obrigação de títulos é importante e o sarrafo que deixamos é alto. Quando cheguei aqui no meio de 2017, o Flamengo tinha alguma coisa que não passava das oitavas na Libertadores. Muitas coisas influenciaram, e nós, que vivemos esse momento, mudamos essa imagem. Quando você muda e deixa o nível alto, a cobrança por títulos é importante, mesmo sabendo que às vezes é quase impossível. É difícil, mas estamos colhendo o que plantamos. Plantamos coisas grandiosas e isso nos deixa muito em evidência. Quem vem para o Flamengo sabe da importância. Se não quer pressão, não vem para cá. Sabemos que a partir do momento que veste a camisa, a mira está para você.”

Enfim, Diego Alves, de 36 anos, falou sobre o futuro da carreira e comentou que está feliz pelo momento que vive.

“Já estão tentando me aposentar há uns quatro anos. É normal (risos). Enquanto eu estiver saudável, me sinto bem no meu território dentro do campo. Também não quero ser aquele cara que quando não tem a emoção e alegria não vai prestar o serviço que gosta. Não coloquei metas. Quero curtir o momento.”

Twitter: @PerdigaoFellipe

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