Flamengo
Reprodução

O Flamengo precisará se defender de uma acusação de homofobia. Isso porque o Grupo Arco-Íris, que representa a comunidade LGBTI+ no Rio, interpelou judicialmente o Flamengo.

A princípio, o motivo da acusação é pela ausência de jogador com a camisa 24 na lista de 31 nomes que vão defender o Rubro-Negro na Copa São Paulo de Juniores, em Janeiro. A ação foi protocolada na última Terça, na 25ª Vara Cível do Rio.

Questionamentos sobre a ausência da camisa 24

Segundo a diretoria do Arco-Íris, há uma manifestação claríssima de homofobia no ato do Flamengo. Contudo, o grupo pediu primeiro ao clube que respondesse se a ausência da camisa 24 seguiria alguma recomendação da Federação Paulista de Futebol. Nesse sentido A ideia do pedido seria não atropelar etapas.

Em suma, o documento ainda o destaca as estatísticas de crimes de homofobia registrados no Brasil nos últimos anos. Cláudio Nascimento, coordenador do Grupo Arco-Íris, falou sobre o caso:

“O Flamengo, como um dos maiores clubes do País, deveria ter uma responsabilidade social na luta contra a homofobia e agir de forma menos machista e preconceituosa. Nem toda homofobia é explícita. A imagem que fica marcada não é a de um eventual dirigente ou atleta supostamente homofóbico, mas de um clube”, disse o coordenador.

Quem também falou sobre o prosseguimento da ação, foi o advogado que assessora o grupo arco-íris, Carlos Nicodemos.

“Dependendo da resposta do clube, vamos reportar o caso à Comissão de Ética da Fifa. Além do mais, não se trata apenas de um campeonato esportivo, e sim de um evento que reúne adolescentes, jovens. Isso porque, o  que estaremos ensinando a essa juventude se o preconceito continuar enraizado no futebol?”

Entenda o motivo que levou o grupo LGBTQI+ interpolar o Flamengo

A princípio, no “jogo do bicho”, tradicional no Rio de Janeiro, o número 24 é associado ao “veado”.

@diego_alarconf