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De acordo com simulação do jornalista Martin Fernandez, de O Globo, ir para Inglaterra de véspera está mais barato do que ir para o Uruguai assistir Flamengo x Palmeiras. Nesse sentido, mesmo em cima da hora, o clássico inglês de uma rodada da Premier League tem um custo-benefício maior do que a grande final da Libertadores.

Segundo a simulação do jornalista, um ingresso para a partida da nona rodada do campeonato inglês custa R$ 1.700,00 reais em um site de revenda. Logo depois, um voo de ida e volta entre Rio de Janeiro e a cidade de Manchester, com escala em Paris, na França, sai por R$ 6.400. Somando com um hotel mais barato, ainda assim custa mais R$ 1.800,00 reais por causa do câmbio entre real e a libra. Portanto, o custo total contando com alimentação e deslocamentos no país britânico, a conta fecha em R$ 9.900.

Dessa forma, ainda continua mais barato do que um dos pacotes mais básicos oferecidos aos torcedores de Flamengo e Palmeiras, para a final do principal torneio de futebol da América do Sul. Marcado para o dia 27 de novembro, a maioria dos voos para Montevidéu não saem por menos de R$ 8.100,00 uma passagem com saída da capital carioca. Além disso, as viagens de São Paulo para o Uruguai são ainda mais caras. Ou seja, quase 80% do custo para ir a Inglaterra e assistir Cristiano Ronaldo vs Salah.

Ingressos europeus para a final da Libertadores

Nesse ínterim, vale destacar o preço dos ingressos divulgados pela CONMEBOL. O mais barato, destinado as torcidas rubro-negras e alviverdes, saem por $ 200 dólares, cerca de R$ 1,100 reais. Assim, mesmo com as dificuldades financeiras que os brasileiros enfrentam por causa da pandemia da COVID-19, juntamente com a alta diária da moeda americana, somente o fanatismo por Flamengo e Palmeiras não vão impedir que o Estádio Centenário receba os brasileiros.

No entanto, ao mesmo tempo em que acerta no marketing, e na promoção do futebol sul-americano com a final única, também retrata o descolamento da realidade por parte da entidade que organiza a “Liberta” com os preços fora da realidade dos países da América do Sul, longe da realidade financeira europeia.

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