Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21), o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz , falou sobre a briga que teve com um torcedor do clube na última terça-feira (19), enquanto fazia compras em um shopping no Rio de Janeiro.

 

Veja o pronunciamento de Marcos Braz

“Anteontem, eu fui ao Barra Shopping para comprar um presente para a minha filha, que faria 15 anos no dia seguinte. Ela não estava comigo inicialmente, pois não mora comigo, e sim com a mãe. Ela chegou ao shopping com a mãe, eu cheguei um pouco depois. Parei para tomar um café para poder encontrá-la, encontramos, falei rapidamente com a mãe dela. Imagine ela, com 14 anos, fazendo 15 no dia seguinte… Vai a uma loja, vai a outra loja… Eu fui para uma determinada loja para comprar um presente para ela. Quando eu estava dentro da loja, e isso é importante ressaltar, foi que aconteceram os problemas”

“Quando eu estava dentro da loja, conversando com a vendedora no fundo da loja, que não é muito grande, havia mais duas ou três pessoas, algumas pessoas ao fundo começaram a me questionar, fazer cobranças, vários eventos. Nesse momento, que durou alguns minutos, eu não abri a minha boca. Não falei absolutamente nada. Todas as cobranças que foram feitas, muitas ameaças, e eu não abri a minha boca. Por que? Tinha um casal ali com um bebê recém-nascido. Tudo o que eu falar aqui está nas imagens (das câmaras) […] Estou tranquilo. Não estou à vontade com essa situação, mas à vontade de estar aqui externando isso”

 

“Na loja, havia outras duas ou três pessoas, gente filmando, fizeram de tudo… Eu não abri a minha boca. Eles acabaram indo embora. Continuei lá, pensei: ‘Vamos nessa, segue aí’. A pessoa que estava ao meu lado, torcedor de outro time, me perguntou: ‘Braz, é isso que vocês passam?’. Falei: ‘É isso mesmo’. A esposa dele estava um pouco nervosa, mas, conversando com a vendedora, minha filha chega junto com as duas amigas. Eu até comentei com a pessoa que estava ao meu lado: ‘Graças a Deus elas não estavam aqui’. A minha filha me deu um beijo, me abraçou, eu brinquei com ela, ela foi ver o pingente que queria dentro da loja. Posteriormente, quando ela decidiu o que queria, saiu da loja e falou que ia ver a vitrine. As meninas ficaram em frente à loja, mais à direita. Quando elas fizeram isso, voltou o rapaz, o cara com quem tive o problema”

“Eles chegaram e começaram as ameaças. Dessa vez, aí de maneira diferente, porque agora minha filha estava lá. Tanto é que, nas gravações que ter na internet , que esses dois fizeram, não aparece em nenhum momento eu falando da minha filha e discutindo com ele. Só eles falavam”

 

“Minha filha estava ao lado (da loja), eu falei para o cara: ‘Minha filha está aqui, vocês estão me ameaçando’. Mas ele ficou falando, falando, falando… Falei: ‘Rapaz, minha filha está aqui’. Nisso, a loja era muito estreita e eu perdi o raio de visão dela. Aquilo já estava me incomodando, porque eu tenho uma filha de 14 anos vendo o pai sendo xingado e ameaçado de morte, poderia falar alguma coisa (para o torcedor) e isso começou a me tirar do sério. Fui falando com ele, indo na direção dele, e falei sistematicamente várias vezes que minha filha estava ali. Peço desculpas, mas vou ter que falar essa frase, pois foi a última frase dele: ‘F***-se a sua filha’. O final vocês viram”

 

“Eu tive um problema lá [ briga com o torcedor ]. Os fatos foram postados (nas redes sociais) rapidamente, parece que foram uns 40 segundos depois. Aí eu saio procurando a minha filha. Vocês veem (nos vídeos) que eu saio passando a mão no nariz e procurando a minha filha. […] Entrei na loja, e aí começo com calma a ver no telefone… Antes de eu subir para o mezanino da loja, já havia ‘viralizado’ tudo. […] Eu estou sendo perseguido há tempos”