Imagem: Globoplay Reprodução

Um Ano em Dois é o quarto capítulo de Predestinado, a série do streaming Globoplay a respeito de Gabriel Barbosa, e mira falar do ano de 2020 e início de 21 na temporada que teve seus torneios atrasados.

Havia alguma esperança de melhor desempenho narrativo do documentário ao menos nesse final, mas o que se viu não foi essa expectativa ocorrer. A série até tem alguma coragem, começando o quarto episódio tratando da prisão de Gabriel em São Paulo, ocorrida em um cassino clandestino. Depois dessa introdução há uma abordagem mais detalhada do caso embora não seja profunda, longe disso, na verdade ela só foi incluída porque a polêmica tinha vazado as vésperas do terceiro capítulo A Glória.

As entrevistas poderiam ser mais profundas, pouco se fala dos detalhes referentes a temporada 2020, como a época em que o catalão Domènec Torrent comandava o Flamengo. A fala de Gabi é de que não tinha muito o que falar sobre o treinador, fica a dúvida se o atacante não tinha realmente uma opinião formada sobre ele – o que parece uma mentira, pois ele fiava bastante irritado ao ser substituído ou poupado por Dome – se ele preferiu não falar para não causar polêmica ou algo que o valha, ou se ele não tem capacidade de articular pensamento por ser ruim de verbo mesmo. Se era para comentar assim, era melhor ir direto ao ponto de Rogério Ceni como comandante, embora nem sobre a jornada de Ceni haja aprofundamento.

Predestinado termina como começa, com muito foco no choro dos parentes do biografado, com uma mensagem que mira ser inspiradora mas que é piegas, chapa branca, e superficial no que fala sobre os inconvenientes da carreira e trajetória de Gabigol. Os quatro episódios tem mais semelhanças com uma peça publicitária do que um programa documentário e parecem algo vazio, somente, insípido como as entrevistas de jogadores que se valem de media training.

Nota da série: 4 de 10.

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