Foto: Reprodução

Atualmente no Al-Ettifaq, Paulo Victor começou sua trajetória no futebol aos 17 anos, nas categorias de base do Flamengo. O goleiro estreou pelos profissionais em outubro de 2006 e se despediu definitivamente do clube dez anos depois – em novembro de 2016. A experiência do arqueiro pelo Rubro-Negro, no entanto, sequer se aproxima da realidade atual.

Paulo Victor é da época que o Flamengo era reconhecido como um dos principais devedores do futebol brasileiro. O clube atrasava meses de salário e sequer tinha infraestrutura à disposição dos atletas. Em entrevista ao Globo Esporte, o goleiro lembrou de quando precisou ser carregado em um carrinho de mão após fraturar a perna durante o treino (veja foto abaixo).

Cheguei no profissional em 2006 e fiquei até 2017. Peguei a época em que recebíamos a cada três meses. Peguei o processo da Patrícia tentando melhorar e peguei o Bandeira que transformou no Flamengo de hoje. Eu e o Wallace Reis colocamos dinheiro do nosso bolso para arrumar o vestiário. Eu quebrei o pé e o mundo inteiro me viu saindo em um carrinho de obras do treino -, e prosseguiu:

Foto: Cezar Loureiro/O Globo

Muitos outros clubes que tentaram passar pelo processo do Flamengo, passaram pela segunda divisão. O Flamengo, com toda dificuldade, nunca visitou a segunda divisão. Me orgulho disso. As coisas têm que evoluir. Hoje em dia o Flamengo contrata jogador por 20 milhões de euros. Na minha época eu não lembro de contratar um de cinco. Hoje, vendem por 45 milhões de euros. Eu me lembro que na época o Renato Augusto, por oito, foi o mais caro. E tinham mais dez que tinham partes do passe dele, então o Flamengo nem viu o dinheiro -, relembrou.