São Paulo e Flamengo mediram forças ainda há pouco no Morumbi, jogo de volta, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil.

O Rubro-negro trazia em suas costas o peso da derrota por 2×1 no confronto de ida no Maracanã, revés esse causado pelo erro infantil e irresponsável do goleiro Hugo Neneca.

Na primeira etapa, assistimos uma partida morna, mas favorável ao time da Gávea. Armado no desenho 4x2x3x1, se postava bem em campo, tinha mais posse de bola e finalizações, reduzia bem os espaços do adversário e era bastante agressivo na marcação, abafando os mandantes em seu campo de defesa. No entanto, a superioridade não foi transformada em gols.

No segundo tempo, logo aos dois minutos, a ducha de água fria. Após um vacilo do sistema defensivo do Fla, sobrou pro atacante Luciano desviar de perna esquerda uma bola cruzada na área e abrir o placar.

Oito minutos depois, mais um cruzamento na área e novamente Luciano converteu, desta vez de cabeça. Dada a inércia defensiva do Fla, com dez minutos da segunda etapa e com muita facilidade, os donos da casa abriam uma vantagem expressiva de 2×0 na partida e encaminhava assim a classificação para as semifinais do torneio.

Aos 17, um pênalti bem assinalado a favor dos visitantes. Era a chance de diminuir o placar e ainda tentar uma reação no embate. Ledo engano. No momento da cobrança, o atacante Vitinho ‘roubou’ a bola das mãos de ER7, fez a cobrança mas mandou muito longe do gol.

Diferente do primeiro tempo, o time do Ninho voltou do intervalo irreconhecível e sem apresentar nenhum sinal de reação, era envolvido e levava um passeio do rival.

Aos 39 veio o golpe derradeiro. Após receber um passe de presente de William Arão, foi a vez de Pablo marcar o terceiro pros paulistas. O atacante se livrou de Léo Pereira e chutou pras redes de Diego Alves.

O São Paulo foi cirúrgico e fatal. Atacou pouco mas atacou bem. Goleou e está classificado pras semifinais. Simples assim.

É verdade que o elenco da Gávea se encontra encurtado, mutilado pelas lesões e pelas convocações e é lógico que são jogadores que fazem muita falta, sobretudo nos momentos decisivos. Porém, os problemas do Mais Querido vão muito além das questões médicas ou dos empecilhos da CBF. O dilema é mais amplo, passa pela escalação equivocada e insistente de certos jogadores, mas passa também pela falta de atitude de muitos outros.

Ainda temos competições seríssimas em disputa na temporada, mas, do jeito que vai, é provável que derrotas e eliminações continuem batendo a nossa porta e sangrando nossos corações.

Se isso aqui é Flamengo, tá na hora de provar dentro de campo.

SRN.

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