Na última quinta-feira (18), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), enviou uma recomendação ao governador em exercício, Cláudio Castro, para que o projeto de lei que altera o nome oficial do Maracanã de Jornalista Mário Filho para Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé, seja vetado.
Segundo o promotor Rodrigo Terra, a recomendação teve como objetivo evitar a violação ao patrimônio imaterial dos torcedores-consumidores. O documento ressalta que o estádio Jornalista Mário Filho, integra a identidade cultural carioca e que a troca de nome poderia configurar afronta aos direitos sociais do consumidor torcedor.
A votação para a troca do nome se deu início no último dia 09 de março, quando deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), aprovaram em regime de urgência, a mudança de nome do estádio Jornalista Mário Filho. A proposta teve autoria do presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), em conjunto com outros seis deputados.
Na ocasião, Ceciliano defendeu o projeto: “O Rei Pelé é o maior jogador de todos os tempos do planeta. Ele representou o Brasil e representa. Não tenho dúvida que o Maracanã vai continuar sendo chamado de Maracanã”. O deputado alegou que a homenagem ao jornalista seria preservada, uma vez que o complexo poliesportivo do Maracanã, que abrange o estádio e outras estruturas esportivas, passaria a se chamar Complexo Mário Filho, de acordo com o texto do projeto.
A decisão provocou protestos por parte da família de Mário Filho, jornalista que idealizou a campanha para a construção do Maracanã. Neto do homenageado, o também jornalista Mário Neto considerou a atitude como uma “barbaridade”, mas declarou que não pretendia recorrer.
Boa parte da torcida Rubro-Negra também foi contra a decisão, o que gerou alvoroço nas redes sociais. Houve quem fizesse piada com a vida familiar do ex-jogador para apontar que ele não merecia ter seu nome estampado num patrimônio cultural imaterial tão importante.
Enfim, o Maraca é nossa casa!
SRN
@shayennefurtadoreal
