A Ordem dos Advogados do Brasil convocou uma comissão para a posse de estudos do juizado do torcedor. Representando o Rubro-Negro na reunião, Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral e jurídico, apontou caminhos para resolver a questão. De acordo com o dirigente do Flamengo, é preciso analisar e encontrar os culpados de maneira específica, e não punir a torcida que faz a festa nas arquibancadas como um todo.

– A visão do Flamengo pelo menos é que a torcida é a maior razão de ser dos clubes. Os clubes também sofrem esse tipo de ameaça e são pressionados nessa relação da torcida. As vezes a gente quer estar mais presente, mas não pode isso, não pode aquilo. A gente acha que esse momento que estamos passando, realmente é muito cômodo jogar para debaixo do tapete, pedir torcida única, prender todo mundo e individualizar as condutas – disse, antes de completar:

– A gente sabe que não é assim que se resolve os problemas, têm experiências boas ao redor do mundo, como no caso dos hooligans. O trabalho deve ser outro, de investigação e individualização, quem errou tem que pagar. A comissão vai dar legitimidade a essa investigação, revisitando o estatuto do torcedor, indo ao juizado para discutir a forma de lidar com essas condutas. Vamos tentar abolir a violência dos estádios – finalizou.