Na semifinal da Copa do Brasil, com a vantagem encaminhada para uma final e finalista da Libertadores, Dorival bateu um papo com o GE, onde revelou escolhas e decisões no Brasileirão, quando optou algumas vezes ir com a equipe alternativa (reserva) e foi criticado pela torcida nas redes sociais.

– ”A atitude tomada foi certa. As decisões foram corretas. Ano passado o Flamengo chegou num momento de decisões fragilizado em razão de lesões em sequência. Vamos correr o mesmo risco? Por quê? Ah, queremos todas as competições. Mas pode ficar sem nenhuma.”
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Dorival pelo Flamengo – Foto: Flamengo
O treinador relembrou 2021, quando o técnico era o Renato Gaúcho e a equipe chegou ao fim da temporada em condições físicas ruins.

– “Tenho convicção e certeza no que faço. Será que está certa essa desconfiança por causa de um empate ou outro? Mas vamos pensar de outra forma: por que os campeonatos não são mais divididos pelo ano? Você acaba penalizando as equipes que estão chegando. Quando consegue os resultados, se vê refém da situação.

As fases decisivas das competições confrontos. Os técnicos não são ouvidos. É culpa da comissão? Dos jogadores? Não é isso. O Flamengo é o único que está em três competições. Não tem como fazer diferente. O São Paulo não colocou ninguém para jogar. Nós colocamos uns seis jogadores que talvez possam atuar. Será que isso é o correto? A fase já está decidida? Não. O São Paulo vai deixar de viajar? A mesma coisa contra o Vélez. O 4 a 0 foi ótimo, mas já estava decidido? Não. O Vélez deixou de vir? Saíram na frente, e talvez a gente não tivesse forças para buscar a virada. Poderia acontecer se estivéssemos sempre com a mesma equipe.

Se eu tenho todo um aparato de fisiologia e medicina e me avisam que um jogador corre risco, podemos ter problemas. Estamos há três meses sem lesão. Resultados a todo instante nenhuma equipe vai conseguir, por melhor elenco que tenha. Contra o Goiás, tivemos seis jogadores considerados titulares, e nem por isso o jogo foi simples.

As pessoas não têm noção. Não podemos trabalhar com as possibilidades, mas com a realidade, principalmente com o que é mostrado aqui dentro pelas pessoas, que estudam, avaliam e passam os dados para o técnico errar o mínimo.”