Foto: Alexandre Vidal / Flamengo
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

E o rodízio de Domènec continua a todo vapor. Aliás, esse é um dos assuntos mais comentados na tv, rádio, internet, mesas de bar e etc. Aquilo que é uma prática muito comum nas grandes ligas europeias de futebol, por aqui, abaixo da linha do equador, tanto os atletas quanto a torcida não curtem muito esse negócio de não ter um time titular definido. Minutagem dos atletas, ritmo de jogo, elenco mais equilibrado, enfim, muitas são as justificativas. Mas ainda não nos acostumamos com isso.

No entanto, embora o elenco do Flamengo seja repleto de bons jogadores, o que por um lado confere certa coerência a essa rotatividade, verdade é que na maioria das vezes haverá aquela considerável perda de rendimento da equipe. Concorda? Então vem comigo: tem como comparar o zagueiro Léo Pereira, o lateral Renê e o atacante Vitinho com Rodrigo Caio, Filipe Luis e Arrascaeta? Não tem como, né parceiro. É lógico que em algum momento, ou em todos, vamos sentir a queda técnica do time.

Na noite de hoje, foi com os ‘reservas’ titulares de Dome que o Flamengo foi pro jogo contra o Ceará. E como palavras o vento leva, foi ali, na prática, no campo de jogo que pudemos comprovar a nossa teoria.

Durante todo o 1º tempo, vimos o Fla com bastante dificuldade em fazer valer sua superioridade e, se não apenas em razão da menor qualidade técnica dos ‘titulares’ do Mengão, talvez pela falta de entrosamento ou mesmo pela nenhuma inspiração dos atletas em campo. Embora com mais posse de bola e mais finalizações, o que vimos foi o time com extrema dificuldade na saída de jogo, pouca criatividade no meio-campo e nada competente na hora de chutar a gol. Enfim, bem abaixo do que pode jogar.

Logo no início do 2º tempo, um lance de jogo pra confirmar a nossa teoria: escanteio cobrado pela direita do ataque do Ceará na altura da linha da pequena área do Flamengo, os dois zagueiros rubro-negros subiram na bola pra cortar de cabeça e os dois conseguiram falhar ao mesmo tempo, no mesmo lance, ‘furaram’ a bola e 1×0 pros donos da casa.

Enquanto isso, o melhor zagueiro do Brasil, Rodrigo Caio, observava tudo confortavelmente sentado no banco de reservas.

Cinco minutos depois, mais uma bola cruzada pelo mesmo lado, uma falha de antecipação da defesa e mais um gol cearense.

Esqueci de dizer que, além de Rodrigo Caio no banco, o lateral esquerdo Filipe Luis, também poupado, assistia à partida certamente do sofá de sua casa.

Após os gols sofridos, a partida retomou o ritmo de outrora: dificuldade na saída de bola, pouca criatividade na criação e nenhuma competência nas poucas oportunidades de finalização do Fla.

Ah sim, e por falar em pouca criatividade no meio de campo, não poderia deixar de lembrar que um dos melhores meias do mundo, Giorgian De Arrascaeta, também poupado pelo ‘Dome-rodízio’, sem dúvidas que acompanhava a partida de casa, de pé pro alto e tomando um chimarrão.

Depois disso, o Ceará tocou a bola, envolveu o Flamengo, fez valer a vantagem no marcador e garantiu os 3 pontos.

O campeonato vai fluindo e é evidente que até então acompanhávamos uma evolução da equipe rubro-negra, o time ganhando corpo, volume de jogo, condicionamento físico e assim todos nós aos poucos nos acostumando com as ideias e com o perfil do novo comandante. Só que aqui é resenha, é pós-jogo e a ideia é exatamente retratar o que aconteceu hoje! Bom, hoje nada deu certo pro time da Gávea.

Se o time foi mal escalado, se o rodízio não funcionou, se as substituições não resolveram ou se o jogo posicional do Sr. Torrent nem sempre vai fazer a diferença, tudo isso tem que ser estudado e analisado. Vamos aguardar os próximos episódios.

O que eu sei é que esse negócio de rodízio, sei não.

SRN.

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