O interino Mario Jorge foi sincero ao avaliar a derrota do Flamengo para o Maringá. Na noite desta quinta-feira, o treinador admitiu que a estratégia não funcionou e disse acreditar na “força do grupo” para reverter o 2 a 0 e conquistar a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Mais: afirmou que a derrota machucou o Rubro-Negro.

Na entrevista coletiva, Mario Jorge explicou que mudou o esquema para dar mais conforto aos jogadores. A formação com três zagueiros, utilizada por Vítor Pereira, foi deixada de lado.

 

– É uma construção coletiva (a preparação para o jogo). A gente entende um DNA do clube. Eu sou funcionário do clube desde 2016. Trabalhei por várias categorias e essa identidade do clube a gente não pode ferir. A gente veio com esse pensamento e só teve dois dias para tentar implementar isso. Tentar levar os jogadores para um conforto maior no sistema, a função que eles poderiam exercer. A coisa não funcionou. Agora é continuar trabalhando e tentar reconstruir – afirmou o técnico.

 

Mario Jorge reconheceu que o resultado e a atuação deixaram a desejar:

– É um resultado difícil, machuca a gente, mas a gente vai tentar reverter no jogo de volta. Esse grupo tem muita força, é o atual campeão dessa competição, que a gente sai atrás. Mas eu acredito muito que a gente vai conseguir reverter esse cenário.

 

Escolha do novo treinador

A expectativa é trabalhar jogo a jogo. A chegada do novo treinador é a cargo da direção. A gente não tem como opinar sobre isso. Mas a expectativa é tentar entregar o nosso máximo, a gente é funcionário do clube, a gente tem que estar apto a entregar o nosso dia a dia para os nossos jogadores, condição de treinamento, de trabalho e fazer que eles voltem a evoluir, voltem a buscar os resultados positivos.

 

Reação dos jogadores

A nossa reação, como comissão técnica é tentar passar confiança para eles para que consigamos reverter o quadro. A gente sabe que o cenário não está bom, a gente entende o cenário do dia, hoje, e nesse momento menos é mais. É o momento de falar menos, trabalhar maias e tentar recuperar a confiança desses caras, porque eles são muito vencedores. Fora do Brasil, no Brasil, no Flamengo e até em seleção. Estabelecer a confiança, eu acho que esse é o caminho que o Flamengo tem que seguir com esse grupo.

 

Quanto tempo vai comandar o time?

A gente teve uma reunião pautada nisso. É um assunto interno. É uma coisa aqui que a gente não tem julgamento para explanar. Eu acho que é uma coisa que a gente tem que resolver internamente. E com relação aos jogadores, eles estão tentando fazer o máximo deles. Eles treinaram após 48h que é uma coisa que é pouco usável, vamos dizer assim, de rotina para os jogadores. Geralmente 48h é o período mais crítico para eles em condição física, mas eles treinaram, se dedicaram. E a gente tentou, de verdade. Esses jogadores tentaram demais, a gente vai continuar acreditando que é possível reverter, a gente continua acreditando. Eu acredito muito neles.