A Conmebol assume a gestão do Maracanã por 13 dias antes da final da Libertadores no próximo dia 23 de outubro, dia seguinte ao clássico Flamengo e Vasco pelo Campeonato Brasileiro. A atenção vai ser voltada, principalmente, para o gramado do Maracanã, mas também vai ser preciso tratar de problemas de manutenção e de limpeza no antigo Maior do Mundo.

 

Há quase cinco anos administrado pela dupla Fla-Flu – e à espera de licitação arrastada entre irregularidades que o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro pede ao Governo do Estado -, o Maracanã tem partes de piso descascados, cadeiras sujas, bebedouros desativados e também em alguns pontos depredados nos banheiros.

 

Em outros pontos, há acúmulo de fezes de gatos e pontos de infiltrações e de corrosão da instalações, algo que constava em relatório de 2021 sobre conservação das instalações. O Flamengo chegou a fazer obras de urgência no teto do estádio, a custo de R$ 2 milhões, contou o diretor do Maracanã.

 

Em contato com a reportagem, o consórcio Maracanã, formado por Flamengo e Fluminense, respondeu em nota. Leia a íntegra abaixo:

 

“O Maracanã realiza diariamente um amplo trabalho de limpeza e manutenção em todas as áreas e setores do estádio, como arquibancadas, bares, banheiros, corredores e rampas de acesso. Os serviços são reforçados por uma força tarefa após os jogos realizados no estádio. Ao todo, uma equipe formada por 40 profissionais da empresa Sunplus passa por treinamentos constantes, com foco na eficiência e agilidade na execução deste serviço.

O estádio conta hoje com 70 mil cadeiras que são revisadas após os jogos, para garantir a integridade e segurança necessárias ao bem-estar dos torcedores. Infelizmente, alguns destes torcedores as utilizam de forma indevida, ficando muitas vezes de pé em cima dos assentos, em alguns casos até mesmo pulando sobre eles, o que pode danificar a estrutura. Há também um outro agravante, por conta do derramamento de bebidas como cervejas e refrigerantes, que deixam as cadeiras sujas e escorregadias, o que configura mais uma forma de depreciação do mobiliário.

Desde a última reforma em 2013, o Maracanã já recebeu aproximadamente 700 jogos nestes dez anos. Devido à ação do tempo e ao uso indevido das dependências do estádio por parte de torcedores, muitas cadeiras encontram-se em mau estado. Vale salientar que, por partida, aproximadamente 100 cadeiras danificadas são enviadas para conserto ou, em último caso, descarte. Por conta dessa alta demanda, a administração do Maracanã montou uma oficina para recuperação deste material danificado.

Com relação às outras dependências do estádio, é importante apresentar alguns números que mostram a grandiosidade do Maracanã: são 292 banheiros, 857 mictórios, 1.222 vasos sanitários e 969 torneiras. Tudo devidamente checado para atender a um público que bateu a média de 50 mil torcedores por jogo este ano. Os danos pontuais são sempre avaliados e reparados com celeridade após as partidas. Do lado externo do estádio, lamentamos que tenham ocorrido atos de vandalismo na fachada, acarretando a destruição parcial de uma placa indicativa. Recentemente, a gestão havia feito a troca deste material.

Reiteramos que o Maracanã tem como prioridade de sua gestão deixar o estádio pronto e em nível de excelência em itens como segurança, conforto e limpeza, para todos os que trabalham no local e para seus visitantes, seja em dias de jogos ou não. E sempre há o compromisso de, com agilidade e qualidade, promover a recuperação e reparo de peças que foram danificadas. O resultado deste trabalho incansável e constante se traduz em reconhecimentos e, pela segunda vez em quatro anos, o Maracanã foi escolhido para sediar a grande final da Taça Libertadores da América. O estádio também será palco da partida Brasil x Argentina, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Continuaremos investindo e mantendo o alto nível do trabalho que nos comprometemos a entregar.”