Foto: Flamengo
Foto: Flamengo

Flamengo entrou em campo hoje no mal iluminado estádio de São Januário para defender uma invencibilidade de quatro anos frente ao time do Vasco da Gama.

Como já tem sido de praxe, um 1º tempo de arrepiar de tão ruim do time comandado por Domènec. Escalado nos mesmos moldes do último jogo contra o Sport Recife, o Fla veio a campo com o coringa Gérson aberto pela direita e Diego Ribas centralizado e incumbido da armação.

Com seus jogadores apresentando pouquíssima mobilidade, o Flamengo não conseguia dar ritmo às jogadas e assim podemos dizer que não houve nenhuma chance real de gol nessa 1ª etapa. Não do Flamengo.

Quem abriu o placar foram os donos da casa. Aos oito minutos, num lance em que Bruno Henrique errou um passe na intermediária, na sequência o lateral Filipe Luis se deixou driblar com facilidade e no final da jogada Matheuzinho falhou feio na marcação, deixando o atacante Talles Magno sozinho pra finalizar.

Durante a temporada, o Flamengo vem se notabilizando pela excelência de seus meias de ligação, que são aqueles jogadores que se posicionam atrás da linha de ataque e que municiam os homens de frente sempre com visão de jogo diferenciada e com passes verticais e precisos. Estou falando de Éverton Ribeiro, estou falando de Arrascaeta. E como fazem falta.

Diego Ribas mais uma vez foi o jogador com essa incumbência. No entanto, seu perfil nunca foi esse. Diego sempre foi daqueles meias que conduzem a bola, que correm junto com ela em vez de fazê-la correr. Quando era mais novo e tinha mais potência física, destacava-se positivamente nessa função, mas, com a idade mais avançada, tem dificuldade até pra ser fiel a essa sua característica. Todo o nosso respeito a sua entrega, comprometimento e identificação com o clube. Técnica e taticamente, pouco tem ajudado.

O 2º tempo mal começou e, de bola parada, o criticado e limitado zagueiro Léo Pereira cabeceou bola alçada na área e deu números iguais à partida.

O jogo seguia tal qual a etapa inicial, com pouca movimentação, quase sonolento. O time da Gávea tinha mais posse de bola desde o começo do embate, mas apenas um pouco mais de iniciativa e velocidade em relação a 1ª etapa. Ao Vasco cabia se defender e tentar aproveitar os contra-ataques. Nada além disso.

Aos 67 minutos, uma alteração tática. Torrent sacou Ribas e colocou Michael pra jogar aberto na direita. Com isso, trouxe Gérson mais pro centro de campo. Melhorou.

Aos 69 minutos, após longo e belo lançamento do volante Thiago Maia, BH dribla o goleiro, marca o segundo gol e vira o jogo. 2×1.

O que se tem notado com facilidade é que o sistema defensivo do Flamengo não é nem de longe um dos melhores dos últimos tempos, além disso, o que nos salta aos olhos é a perda técnica que o Flamengo sofre quando joga a dupla de zagueiros Gustavo Henrique e Léo Pereira. Falhas individuais, pouca confiança, erros de cobertura, falta de perfil rubro-negro. Podem escolher os motivos. Não tem torcedor flamenguista que não observe isso.

Nos minutos finais da partida, até por uma questão de sobrevivência, o Time da Colina veio pra cima e, meio que no abafa e na desorganização, tentou de todas as formas empatar o jogo. Teve até um gol de Germán Cano aos 86 minutos, mas o VAR entrou em ação e corretamente anulou o lance ao identificar a posição de impedimento.

Invencibilidade ampliada e, mais do que nunca, o Rubro-negro tá encostado, para-choque com para-choque, prontinho pra tomar a liderança. Já vimos esse filme antes.

No entanto, independente dos resultados que estão vindo, é bom que time e comissão técnica fiquem ligados com a forma que a equipe tem se portado taticamente e, principalmente, com os sucessivos erros de marcação que estão aí a olhos vistos.

Jogo chato mas valeu pela vitória.

SRN.

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