Foto: André Durão

Há quase quatro meses, após a inesperada saída de Jorge de Jesus do cargo de treinador do Flamengo, a diretoria rubro-negra viajou à Europa e trouxe Domènec Torrent.

A partir desse momento, embora não fosse o que se esperava, desde a chegada do novo comandante todo o excelente trabalho de 2019, todos os conceitos táticos, toda a forma eficiente de se jogar que até então tinha nos feito campeões de quase tudo, foi desconstruído e jogado no lixo.

Iniciou-se então no Rubro-negro a ‘era Domènec’, um técnico marcado pela passividade, teimosia e pela cegueira tática. Ah sim, marcado também pelos inúmeros gols sofridos: são 38 em 26 jogos.

Hoje no Mineirão a coisa ficou feia, diria insustentável. Mais uma vez, o Mais Querido teve uma apresentação sofrível de futebol.

Aos oito minutos de jogo, o Atlético Mineiro já tinha vazado duas vezes o patético esquema defensivo armado por Torrent, gols do atacante Sasha, e do meia Keno.

Embora com mais posse de bola, o Fla não conseguia levar perigo, cercava, rondava, mas nada fazia. E ainda sofria e muito com os contra-ataques dos mineiros.

No segundo tempo, o cenário era o mesmo. Aos 13 minutos, numa bola cruzada da esquerda, mais uma vez Sasha superou a defesa da Gávea e cabeceou sem dificuldades entre os zagueiros para fazer o terceiro. Aos 37, o meia argentino Zaracho ganhou na corrida de Gustavo Henrique e só precisou dar um toque na bola pra fazer o quarto gol. Mais uma derrota triste e dolorosa.

O que vai acontecer com o Flamengo daqui pra frente, bem como qual rumo tomará o futebol campeão do Brasil e das Américas, isso ninguém sabe. O que sabemos é que o tempo está passando, as derrotas acachapantes estão machucando e que alguns dos jogos mais decisivos da temporada estão aí na próxima esquina. Para este ano, a reação, a mudança terá que ser agora ou não será nunca.

Enquanto isso, de braços cruzados e à beira do campo está Domènec, o treinador que jamais conseguiu fazer o Flamengo jogar.

SRN

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