Duelo de rubro-negros ainda há pouco no Rio de Janeiro. De um lado, o Sport Club Recife, vencedor do módulo amarelo, a 2ª divisão do campeonato brasileiro do ano de 1987. Do outro, o Flamengo, o super-campeão do módulo verde, a 1ª divisão de futebol daquele mesmo ano. Bom, depois de tudo muito bem esclarecido, vamos falar do jogo de hoje.

O Sport vinha numa crescente no Brasileirão 2020, com vitória nos três últimos confrontos, o que lhe conferiu uma boa escalada na tabela e a chegada ao 5º lugar. Vinha.

O seu treinador, Jair Ventura, assumiu o time na zona de rebaixamento há uns dois meses e, desde então, tem apresentado bom trabalho, conseguindo conciliar as características e limitações de seu plantel, organizando uma equipe com bom rendimento defensivo e com perfil de jogo reativo.

O Flamengo entrou em campo sem pelo menos cinco jogadores dos chamados titulares. Mas era no meio-campo que tínhamos as baixas mais importantes: Everton Ribeiro e De Arrascaeta. Sabemos que é nos pés desses dois que o Flamengo faz o diferente, que se torna letal e especial.

O jogo começou disputado, lá e cá, sem nenhum tipo de superioridade pra nenhum dos lados. O Sport, fiel a seu formato de jogo que já fora mencionado, entregava a bola, se fechava em compactas linhas de marcação e aguardava os espaços surgirem. E surgiram, embora não tenham criado nenhuma chance real de gol.

Em razão das ausências, com exceção daquelas substituições mais corriqueiras, o Mais Querido veio escalado com algumas alterações táticas.

Diferente de sua função original pelo corredor central, Gérson jogava aberto pela direita, com Diego Ribas mais centralizado e Bruno Henrique pelas quebradas da esquerda.

Mas tal disposição em campo não surtiu efeito. Pelo meio, o engarrafamento de jogadores do Sport era enorme. Pelos flancos, tanto Gérson como Bruno Henrique jogavam com pouco apoio pra tabelar e ter algum sucesso naqueles setores.

Resultado foi que em todo o 1º tempo o Fla não encaixou. Com exceção de uma cabeçada do atacante Pedro e da boa defesa do goleiro Luan Polli, poucos foram os momentos interessantes do jogo. Ah sim, tiveram os sucessivos erros de passe do volante Willian Arão, mas com isso já estamos até nos acostumando.

No 2º tempo, o Flamengo entrou mais ‘pilhado’ e, logo aos seis minutos, após cruzamento da direita do lateral Isla e ajeitada de peito de BH, o artilheiro Pedro estufou a rede e abriu a contagem.

Com o placar adverso, o Sport não podia mais se utilizar do seu estratagema de só contra-atacar, precisou vir pra cima. Aí deu foi espaço.

Logo na sequência, aos nove do relógio, escanteio cobrado da direita por Ribas e cabeçada certeira do zagueiro Gustavo Henrique. Um erro de marcação na bola parada que possibilitou o Mengão ampliar o placar. Problema é deles. 2×0.

E teve mais. Três minutos depois, o Poderosão fez o terceiro. Em cruzamento da meia esquerda de BH, estava lá ele de novo. Dentro da área e sem marcação, foi aquela matada no peito e o toque de perna direita. Pedro é fatal.

Com mais espaço pelo campo, o time do Ninho passou a fazer valer sua abissal superioridade técnica, trocava bola como queria e administrava o resultado obtido. Um 1º tempo sonolento, mas uma boa apresentação do rubro-negro carioca na etapa final.

O tempo vai passando, as feridas vão cicatrizando e as respostas que precisávamos, parece, que vão sendo dadas. Importante agora é o foco, a fé e o descanso mental e físico dos nossos jogadores, pois acabamos de iniciar no Maracanã uma odisseia desumana de sete jogos em 18 dias. Sem problemas, nossas cores e nosso elenco dão conta de muito mais.

SRN.

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