Foto: Reprodução

Quando o juiz apitou o início do jogo, comecei a escrever. Foram uns 15 minutos ou umas 10 linhas de pura emoção de finalmente ver o nosso velho Flamengo de volta, sufocando, abafando, amassando, encurralando o adversário. Nem tanto.

O Flamengo começou o jogo de hoje no modo 2019. Sinistro! Marcando dentro da pequena área do Fortaleza. E vou te falar: como que nós flamenguistas gostamos dessa marcação lá encima! Demonstra poder, superioridade, controle, domínio, todas aquelas palavras que são tão sinônimas de Flamengo. Mal começou e Everton Ribeiro já fez das dele. Chapéu no goleiro e mais um golaço pra coleção. Placar aberto e presságio de goleada. É titular ou não é?

Só que o Fortaleza é time malandro, bem treinado, aplicado taticamente. Segurou daqui e dali e, poucos minutos depois, num lance despretensioso encontrou nos pés do nosso lateral Isla um pênalti desnecessário. Igualdade no marcador e uma ducha de água fria na rapaziada rubro-negra.

Os Deuses da bola sabem que seria exatamente neste momento que viria da arquibancada o canto, o hino, o brado de nós os eternos gladiadores! Era nesta hora que entraríamos em campo pra empurrar e apoiar nossos heróis em direção ao triunfo. Só que os tempos são outros. Seguimos em casa ou nos bares como verdadeiras feras enjauladas, assistindo de longe aquilo que mais leva emoção aos nossos corações. Sem a magnética, sem nós os enlouquecidos de vermelho e preto aquilo lá é cimento, grama e nada mais. A pandemia transformou o Maracanã num estádio comum.

A partir daí, o jogo não engrenou mais, as ações dos dois times meio que se equilibravam. O Flamengo tentando atacar e o adversário se defendendo, mas sempre perigosamente mostrando suas garras nos contra-ataques. Assim, a tristeza e a angústia passavam a tomar as nossas almas, afinal, tudo já se encaminhava pro derradeiro e para um empate sem graça, entristecendo aquele tão belo fim de tarde no Rio de Janeiro.

Só que não. No começo do segundo tempo, havia entrado em campo um jogador bem conhecido nosso. Visivelmente bolado com a reserva, não tinha participação expressiva na partida até então, deu poucos toques na bola, alguns erros de passe, meio desconcentrado no jogo. Mas, de repente, um lançamento, um chute de primeira e o segundo gol. A vitória sofrida finalmente veio e nos últimos minutos. Eram os três pontos mais importantes de todos os tempos da última semana.

Por um momento, eu não mais acreditava. Mas ainda tinha o Gabigol. Faz o gol e mostra o muque, parceiro!

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