Foto: Flamengo

O inicio do primeiro tempo do jogo no Maracanã entre os rubro-negros, começou com o time paranaense melhor marcando em bloco alto a saída do Mengão num 4-4-2, buscando tanto realizar transições ofensivas em posições erros da saída do Flamengo, quanto reter a bola e construir através dos seus ponteiros Carlos Eduardo e Jorginho. O jovem goleiro Hugo é uma joia bruta que já demostra potencial para ser um goleiro de altíssimo nível, mas precisa urgentemente trabalhar seu trabalho com os pés para conseguir contibruir mais para o time.

No futebol atual, o goleiro cada vez mais se torna importante para apoiar a saída e em algumas vezes ser o homem responsável por quebrar uma linha de marcação avançada. Após os minutos inicias de maior dificuldade , o Flamengo conseguiu equilibrar o jogo mais uma vez num 4-4-2 utilizando Bruno Henrique pelo flanco esquerdo para gerar amplitude e dificuldades para o lateral Léo Gomes e trabalhando por dentro com os avanços de Gerson para se juntar ao setor de criação com Arrascaeta.

Pedro sempre sendo opção de pivô e atacando espaços fazia boa partida, porém mais uma vez Vitinho destoou e fez péssimo primeiro tempo. Muita das vezes não dava opção de passes para transição ofensiva dos meias e além disso “batia cabeça” com Isla a todo momento no ataque pelo lado direito. Muita das vezes atacava o espaço que ele tinha que gerar e atrapalhava os movimentos corretos que o lateral chileno fazia. Além disso quando realizava o movimento correto de abrir para dentro, tinha tomadas de decisão muito ruins.

Apesar de ter equilibrado o jogo e construído situações de ataque interessantes, o Flamengo fez um primeiro tempo muito abaixo principalmente pelas dificuldade de ter um passe mais limpo para o avanço dos ataques e um time “torto”, que conseguia atacar pelo lado esquerdo, porém tinha muitas dificuldades pelo lado direito. Algumas atuações abaixo também precisam ser destacadas, como a da dupla de zaga de garotos, que naturalmente sofre com a instabilidade no desempenho no início da carreira profissional e de William Arão, que voltou da COVID-19 bem abaixo, errando muitos passes para transições ofensivas e dando muito espaço no meio de campo

Porém, o Flamengo possui o melhor plantel do futebol sulamericano e uma de suas principais peças do elenco também retornou da quarentena na segunda etapa: Everton Ribeiro. Atuando na posição natural, aberto pelo lado direito, conseguiu dar equilibrio ao ataque e facilitar o trabalho de Isla no ataque a este espaço. O Flamengo conseguiu dessa forma fazer bons 15 minutos de segundo tempo e fazer dois gols com uma pitada de sorte: cabeçada de Natan para o meio da área e o trabalho perfeito de 9 para Pedro marcar 1×0. Logo em seguida, bola na mão de Léo Gomes na área e penâlti convertido por Bruno Henrique para ampliar o placar.

Apesar do gol de Renato Kayser em bola parada, o Flamengo se posicionou em um bloco médio esperando o Furacão que fez algumas alterações que mudaram taticamente o time: Lucho e Alvadrado deram lugar a Ravanelli e Erick. Athetico voltou a jogar no seu 4-1-4-1/4-2-3-1 habitual, mas teve muita dificuldade para vencer a marcação rubro-negra e deu muitos espaços para os contra-ataques do Mengão. E aos 32 minutos Everton Ribeiro fechou o placar após belo trama feita por Isla e Arrascaeta. Depois disso o Atlhetico fez mais alterações tentando fazer um abafa final, mas esteve mais próximo de sofrer uma goleada do Flamengo do que descontar o placar.

O Flamengo ainda passa por uma fase de readaptação de todos os contaminados pelo coronavirus e ainda voltará a sofrer perdas por contas das eliminatórias. É muito dificil exigir da comissão técnica fazer o time se impor mais em campo para vencer os jogos. O Mengão cada vez mais se torna um time mais mutável a realidade que o jogo oferece. Entretanto, apesar das dificuldades defensivas ainda muito claras que precisam ser corrigidas, já possui um trabalho ofensivo desenvolvido por Dome que consegue produzir e chegar as vitórias.