Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Flamengo e São Paulo, um clássico interestadual de muita história. Desde 1933 que os dois times protagonizam duelos bem disputados e na maioria das vezes bastante equilibrados. Mas equilíbrio foi algo que não vimos nesta tarde no Maracanã.

Os paulistas venceram com facilidade e aproveitaram para expor mais uma vez a fragilidade defensiva do time da Gávea. O tricolor de fato foi mais eficiente, mas teve a vida bem facilitada por ter enfrentado um rival desorganizado e visivelmente sem comando, dentro e fora de campo.

Marcação frouxa, blocos descompactados e muito espaço entre as linhas de marcação: já ficou até clichê repetir essas mesmas características do Fla aqui nas resenhas. No entanto, que opção temos se é sempre dessa forma que o time de Domènec se apresenta? Falhas essas que ocorrem inclusive nas partidas em que sai vitorioso. As vitórias, quando vêm, acabam por dissimular tais deficiências, mas elas continuam lá. Fiquem à vontade pra observar.

O time de Fernando Diniz, que não tem nada com isso, não tomou conhecimento do atual campeão brasileiro e construiu placar elástico de 4×1, com gols de Tchê Tchê, Brenner, Reinaldo e Luciano. Pedro converteu o de honra para os donos da casa. O destaque do jogo foi para o goleiro Thiago Volpi, que fechou o gol nas cobranças de pênalti de Bruno Henrique e Pedro.

E aí fica a pergunta no ar: quem quer ser campeão, pode se dar ao luxo de perder dois pênaltis num único jogo?

O time do Ninho, além de ter falhado várias vezes nas horas decisivas, ainda sucumbiu diante da horrorosa atuação individual do zagueiro Gustavo Henrique. Dos quatro gols sofridos, em três o defensor teve participação direta. Não é de hoje que gritamos aqui de fora que esse rapaz não tem ‘tamanho’ pra vestir a nossa camisa. É fraco técnica e psicologicamente. Sente e acusa o golpe quando erra. E como erra. Se um dia foi bom jogador, não foi vestindo vermelho e preto.

Pra encerrar o terror vespertino, ainda tivemos que presenciar as substituições inexplicáveis, tardias e sem sentido do treinador catalão. Sempre me esforço bastante pra entendê-las, mas via de regra não consigo.

E foi assim que terminou esse sombrio domingo de futebol.

Meio de semana tem jogo de mata-mata. Se piscar, adeus.

SRN

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